ETNOGRAFIAS DO MOVIMENTO DE MULHERES
DIA 20/11
16-18hrs (Horário de Brasília)
MEDIAÇÃO:
CÉLIA TUPINAMBÁ
Glicéria Jésus da Silva, mais conhecida como Célia Tupinambá, é da aldeia Serra do Padeiro, localizada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, no sul do Estado da Bahia. Ela participa intensamente da vida política e religiosa dos Tupinambá, envolvendo-se, sobretudo, em questões relacionadas à educação, à organização produtiva da aldeia, à serviços sociais e aos direitos das mulheres. Atualmente, é professora no Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do Padeiro (CEITSP) e cursa a Licenciatura Intercultural Indígena junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Foi presidente da Associação dos Índios Tupinambá da Serra do Padeiro (AITSP), sendo responsável pela aprovação e gestão de projetos voltados ao fortalecimento da aldeia. Atuou na Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) e foi membro da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI). Além disso, representa seu povo junto à Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres). Realizou em 2015, o documentário “Voz Das Mulheres Indígenas” (17min.) que reúne depoimentos de mulheres indígenas da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas acerca de suas trajetórias no movimento indígena. Desde então, continua trabalhando na área audiovisual, realizando vídeos junto com o grupo jovem da comunidade.
confira a gravação do dia 20/11
«Una blanca disfrazada de indígena»: la indigeneidad de una organización y una mujer, consustancialmente indígenas, en el contexto urbano de Leticia
Angela López Urrego
En Colombia, la distinción entre las «personas indígenas» y las personas no indígenas o «blancos» ha postulado el autoreconocimiento de la identidad indígena como diferencial étnico, en contraste con la generalidad del ser no indígena. En principio, la «indigeneidad» implica invariablemente la noción de un vínculo directo con algún pueblo indígena; sin embargo, el alcance de este énfasis para las personas que habitan los entornos urbanos ha sido algo excepcional.
Aunque la frase «indígena(s) urbano(s)» ha adquirido cierta atención solo en la última década, el concepto de indigeneidad no es nuevo en absoluto; al igual que en otros contextos, en Colombia es pertinente a dos aspectos importantes de contraste relacional. En primer lugar, «indígena», nativo o descendiente de sociedades prehispánicas, contrasta con blanco, no nativo o colono. En este sentido, durante mucho tiempo ha sido posible hacer referencia, por ejemplo, a cultura tradicional o ancestral, en contraste con la cultura occidental o moderna. En segundo lugar, a través de una lógica de pertenencia territorial, muchos usos actuales del término indígena también presuponen una identidad étnica entre los que son parte de un territorio indígena y contrastable, en sus entornos específicos, con la externalidad al mismo de los no indígenas. En el escenario amazónico, estos dos aspectos han puesto en una encrucijada el reconocimiento de la «indigeneidad» de la identidad y territorialidad de los indígenas que habitan los entonos urbanos; por lo que la realidad social e histórica de las ciudades amazónicas invita a reinterpretar, desde la experiencia de los «indígenas urbanos», la noción indígena y las tradicionales categorías que la acompañan.
Al respecto, la presentación pretende compartir reflexiones que han surgido sobre la cuestión de la indigeneidad en contextos urbanos, a partir de una investigación realizada sobre las Representaciones territoriales indígenas en un espacio urbano transfronterizo de la Amazonia; siendo una experiencia inevitablemente permeada por la vivencia de la investigadora como descendiente de pueblos indígenas y de «colonos», mujer, ciudadana leticiana y profesional amazonense. Particularmente se abordará el proceso que ha sobrellevado una colectividad urbana de Leticia, con especial énfasis en los jóvenes y mujeres, entorno al reconocimiento de su identidad y territorio como indígenas. Al final, se buscará llamar la atención sobre el embrionario reconocimiento de la interculturalidad de las sociedades y espacios urbanos de Colombia.
Angela López Urrego nació en Leticia y desciende del pueblo Muina; estudió ingeniera catastral y geodesia (Universidad Distrital Francisco José de Caldas), una maestría en tecnologías para el desarrollo humano y la cooperación (Universidad Politécnica de Madrid), y es candidata a Doctora en Estudios Amazónicos de la Universidad Nacional de Colombia sede Amazonía. En la investigación doctoral estudia el proceso de producción de una territorialidad indígena urbana en la frontera trinacional de Colombia, Brasil y Perú, a partir de la experiencia del Cabildo de Pueblos Indígenas Unidos de Leticia (Capiul), organización indígena con la que ha mantenido una estrecha relación desde sus inicios, hace una década, así como con su maloca en la ciudad.
Mulheres Lideranças Indígenas em Pernambuco – Espaço de poder onde acontece a equidade de gênero
Elisa Urbano Pankararu
Essa pesquisa procurou investigar mulheres lideranças indígenas em Pernambuco que atuando em espaços coletivos nas aldeias desempenham papeis importantes que as tornam figuras emblemáticas, bem como em espaços colegiados que agregam o conjunto de organizações indígenas dos povos. Essa dissertação procurou apontar em que espaços acontecem à equidade de gênero e que as mulheres atuam com o mesmo poder de voz e decisão que os homens. A APOINME foi utilizada como campo de pesquisa enquanto espaço que agrega todas as organizações de base em sua área de abrangência. Desta forma o feminismo comunitário enquanto embasamento de estudos constituiu aporte teórico juntamente com as observações descritas para a definição de feminismo indígena no Brasil.
Elisa Urbano é professora indígena Pankararu. Mestra em antropologia é integrante da ABIA - Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges. Possui graduação em Licenciatura em Letras pela Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (2000), Curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo pela Universidade Federal de Pernambuco (2011) e em Formação para o programa Escola Ativa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2012).
Desafios no trabalho de campo com um Movimento de Mulheres Indígenas na Guatemala: entre a aproximação e a distância
Sofia Dagna
EO objetivo desta comunicação é discutir uma experiência de trabalho de campo com mulheres indígenas mayas, garífunas e xincas "defensoras dos direitos humanos", reunidas em um movimento social na Guatemala. Esta comunicação é parte de uma pesquisa etnográfica em antropologia ainda em curso no Movimiento de Mujeres Indigenas Tz'ununija’, inspirada na "etnografia comprometida e colaborativa" (Sieder, 2018; Rappaport, 2008). É um trabalho de campo multi-situado que se desenvolve em parte na sede do movimento na capital, com as mulheres membros das associações locais que o compõem e a nível internacional (Nações Unidas - ONU). A pesquisadora também trabalha para uma ONG internacional, através da qual ela conheceu o Movimiento Tz’ununija’.
O trabalho pretende analisar esta configuração como parte da pesquisa, traçando como a relação entre a pesquisadora e o Movimento foi construida. Também nos propomos apresentar os desafios de uma pesquisa que tenta ser colaborativa, baseada na cumplicidade e empatia entre a pesquisadora e as mulheres indígenas mencionadas previamente.
Sofía Dagna, tiene una maestría del Instituto Latinoamericano de Estudios Avanzados en Paris, y es actualmente estudiante de doctorado en antropología en la Escuela de Estudios de Ciencias Sociales. Ella trabaja en la construcción del discurso político y jurídico de una red de mujeres indígenas guatemaltecas basada en la defensa de los derechos humanos, articulada entre los niveles local e internacional. También forma parte de la red internacional JUSTIP - Justicia para los Pueblos Indígenas.
"Enquanto houver vida humana, existirão parteiras": parteiras tradicionais, resistência e reconhecimento
Elaine Müller
resumo
professora do DAM-UFPE, coordenadora do Grupo de Pesquisa Narrativas do Nascer e do Expolab, Coordenadora da Pesquisa Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil, com vistas ao registro como patrimônio cultural pelo Iphan. É integrante da equipe do Museu da Parteira