Ricardo Mendonça
ETNOGRAFÍAS DE LOS MUSEOS Y LAS ARTES
DIA 30/10
16-18hrs (Horário de Brasília)
MEDIAÇÃO:
RENATO ATHIAS
Doutor em Antropologia pela Universidade de Paris X, professor do Departamento de Antropologia e Museologia Universidade Federal de Pernambuco; Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE e do Master Interuniversitário da Universidade de Salamanca; Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE); Vice-Presidente da Comissão de Museus e Patrimônio Cultural da IUAES. Atua principalmente no campo disciplinar a Etnologia Indígena.
confira a gravação do dia 30/10
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CO-FUNDADOR E CEO, AMGS
Nara
Kato
DESIGNER USER
EXPERIENCE, MEGABEGA
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Uma pesquisa entre índios e museus tecida por fotos, miçangas, esteiras e brejos
Nilvânia M. Amorim de Barros
A apresentação abordará dois processos de pesquisas realizados junto ao povo Canela-Rankokamekrá do Maranhão, que foram mediados por diferentes estratégias metodológicas, para refletir sobre a noção de tempo e o papel da escrita na pesquisa antropológica. Será observado que coisas, como fotos, miçangas e esteiras, assim como lugares como brejos, pátios e museus se entrelaçaram, e demostraram que há fatores que já estão no campo, antes do encontro, e só precisam ser revelados, mas também há outros que surgem no encontro entre o antropólogo e seus interlocutores e que constituem o cerne do processo etnográfico.
Nilvânia M. Amorim de Barros é antropóloga, graduada em Ciências Sociais/Licenciatura pela Universidade Federal de Pernambuco, onde também obteve mestrado e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Membro do Núcleo de Pesquisa sobre Etnicidade da UFPE (NEPE) e do Laboratório de Etnologia do INC/UFAM (LABET). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Amazonas, no Instituto de Natureza e Cultura. Tem experiência e atua em pesquisas nas áreas de Coleções Etnográfica, Etnologia Indígena, Memória e Museus.
(Etno)grafismos Kapinawá: (r)existências e significações no Vale do Catimbau
Juliana Ferreira e Ronaldo Siqueira
“(Etno)grafismos Kapinawá: (r)existências e significações no Vale do Catimbau” relata uma imersão gráfica nos sítios rupestres do Vale do Catimbau (PE). Um mapeamento dos símbolos e assimilações subjetivas desperta ao observar a arte rupestre como o dispositivo ancestral, em interlocução com a cultura Kapinawá. A investigação alia-se a um grupo de sujeitos da etnia para o reconhecimento e produção atualizada numa retomada aos códigos ancestrais. A partir do projeto cultural “Ocupação, Estamparia e Grafismos Kapinawá” ocorreu o levantamento dos grafismos rupestres e Kapinawá como um encontro de (r)existências, uma reconexão com a ancestralidade, a memória e o território. Os símbolos gráficos Kapinawá foram desenvolvidos a partir de ações realizadas nos sítios de arte rupestre e nas escolas das aldeias Mina Grande e Malhador, T.I. Kapinawá. As oficinas de grafismos com um grupo de professores e jovens Kapinawá contribuíram para a sistematização de um acervo gráfico aliando as expressões dos agrupamentos ancestrais com os grafismos contemporâneos. Três atividades foram fundamentais e dispunham as seguintes instruções:
1ª Criação de símbolos gráficos partindo da estrutura alfabética (26 símbolos) e inspirados em algo referente à cultura local (objetos, ambiente, rituais);
2ª Criação de símbolos representando palavras/conceitos relacionados aos Kapinawá. A partir das três palavras, cada participante criou símbolos gráficos; 3• Desenhos de observação dos grafismos rupestres. Todo o conjunto de grafismos foram distribuídos em cartas e assim como as palavras dispostas em fichas. Como resultado, projetou-se o jogo “samba das palavras” no qual palavras e símbolos são relacionados em livre associação de ideias.
Juliana Ferreira é designer gráfica pela UFPE com especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem pela UFC (2012) e mestrado em Design, Tecnologia e Cultura pela Universidade Federal de Pernambuco (2019). Como designer, agrega experiência em desenvolvimento de projetos culturais, mídias e identidades visuais. Propõe, pesquisa e trabalha com ações interdisciplinares com foco em design, arte e cultura, ministrando oficinas em comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas e agricultoras). Idealizou e coordenou (2017-2018) o projeto cultural “Ocupação, Estamparia e Grafismos Kapinawá”, incentivado pelo Funcultura-PE. Iniciou pesquisa sobre objetos tradicionais e artefatos a partir do projeto Museu Kapinawá: Educação Patrimonial Fazendo Escola. Em 2019 concluiu pesquisa sobre grafismos indígenas e rupestres com a dissertação “Códigos em Retomada: Encontros e (R)existências no Vale do Catimbau”. Realizou a ocupação LabCEUs (MINC) - “Corpos Conectores”, como pesquisadora desenvolvendo proposições artístico/afetivas, performances e intervenções, na comunidade quilombola de Alto Alegre (2015). Ainda compôs a equipe do projeto cultural “Macunaíma Colorau” – arte política e identidade étnica com povos indígenas e quilombolas de Pernambuco. Desde 2015 vem dialogando as práticas do design com a antropologia com ênfase nas artes.
Ronaldo Siqueira é indígena do povo Kapinawá (Pernambuco), onde além de professor de arte indígena foi idealizador do museu indígena local, tema ao qual se dedica ao longo dos últimos dez anos. Também atua como guia turístico no Parna do Catimbau e na Terra Indígena Kapinawá. Nesse percurso cursou a especialização em Arqueologia Social Inclusiva pela URCA e hoje integra a Rede Indígena de Memória e Museologia Social.
(Etno)grafismos Kapinawá: (r)existências e significações no Vale do Catimbau
Héctor García Botero
En el año 2016, el Museo del Oro inauguró la exposición temporal “Molas. Capas de sabiduría”, una muestra dedicada a la historia, el presente y el simbolismo de las molas, el arte textil del pueblo indígena gunadule (también conocido como cuna, kuna o tule) que vive en Colombia y Panamá. En esta ponencia se ofrecerá una mirada a la curaduría de la exposición, proceso en el que participaron sabedores indígenas e investigadores no-indígenas. Teniendo como referentes las discusiones acerca de las posibilidades de la curaduría intercultural, en esta charla se revisarán los espacios y las dinámicas de trabajo del proceso curatorial y se enmarcará la exposición en los procesos museológicos del Museo del Oro y los procesos políticos del pueblo gunadule. A partir de esta mirada a la metodología de trabajo de la exposición, la ponencia ofrecerá una reflexión sobre la reciprocidad como valor cardinal de esta curaduría y sobre la reformulación de la autoridad curatorial en las exposiciones con colecciones etnográficas.
Héctor García Botero (Barranquilla, Colombia, 1986) es egresado de antropología (2006) y de la maestría en antropología social (2009) en la Universidad de los Andes. Desde 2010 es curador de arqueología y etnografía en el Museo del Oro del Banco de la República. Ha sido profesor de cátedras de antropología en las universidades Javeriana, Rosario, Externado y de los Andes. Sus intereses de investigación son la teoría social antropológica de la segunda mitad del siglo XX, la historia de la antropología en Colombia y los estudios sociales del patrimonio y los museos. En el Museo del Oro ha participado en los equipos curatoriales de la renovación de la exposición permanente del Museo Etnográfico del Banco de la República en Leticia (Amazonas, Colombia, 2015) y de las exposiciones temporales “Molas. Capas de Sabiduría” (2016) y “¿Esto tiene arreglo? Cómo y por qué reparamos las cosas” (2018), entre otras. Actualmente participa en la renovación de la exposición permanente del Museo del Oro Zenú en Cartagena y en la exposición internacional “The Portable Universe” con el Museo del Condado de Los Ángeles (LACMA, por sus siglas en inglés) en Estados Unidos.
(Etno)grafismos Kapinawá: (r)existências e significações no Vale do Catimbau
Alexandre Gomes
A apresentação trata da Tese de Doutorado em Antropologia resultante de um percurso investigativo etnográfico efetuado entre 2006 e 2018, que teve por objetivo compreender a relação entre museus indígenas, mobilizações étnicas e dinâmicas cosmológicas, por meio da análise de processos de “apropriação” e “tradução” de museus por populações nativas. Problematizamos o conceito de museu indígena, associando esta análise aos dados/processos vivenciados através de uma pesquisa de longa duração, na qual desenvolvemos uma observação participante junto ao universo das experiências museológicas dos povos indígenas. Nos esforçamos para formular conceitos apropriados ao estudo antropológico dos museus indígenas, a partir das noções de etnomusegrafia, ação museológica indígena, apropriação e tradução, construídas como ferramentas analíticas voltadas à compreensão da memória e etnicidade em contextos de indigenização de museus e de reelaboração das noções de “patrimônio” e “cultura”, vinculadas às cosmopolíticas da memória efetuadas pelos indígenas em seus processos museológicos. A partir da reflexão teórica sobre práticas de investigação que buscam simetria, horizontalidade, co-autoria e participação, desenvolvemos uma análise sobre a formação contemporânea do campo dos museus indígenas no Brasil a partir da experiência do Museu dos Kanindé de Aratuba/CE, criado em 1995, pelo cacique Sotero. Descrevemos e analisamos a construção de redes de trocas e interações sociais que resultaram na criação da Rede Indígena de Memória e Museologia Social, em 2014, fato que propiciou o surgimento de novas situações, a partir dos quais identificamos e analisamos categorias nativas e formulamos categorias analíticas destinadas a compreender a constituição de uma “museologia indígena” no Brasil.
Tem interesse em Pesquisas Colaborativas, Co-Produção do Conhecimento & Gestão Compartilhada, Horizontalidade, Simetria e Pluriversos Epistêmicos. Historiador/UFC (2004), Mestre (UFPE/2012) e Doutor (UFPE/2019) em Antropologia, com pesquisas sobre museus indígenas no Brasil, pelo PPGA/UFPE, com estágio-sandwich no Programa de PosGrado en Antropología Social do Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social-CIESAS/Unidad Pacifico Sur, Oaxaca-México, acompanhando os trabalhos da Unión de Museos Comunitarios de Oaxaca, a UMCO. Foi vinculado ao Museu do Ceará (Fortaleza/CE) entre 2000 e 2010 e ao Departamento de Antropologia e Museologia/UFPE entre 2010 e 2020, transitando entre pesquisa, docência e extensão. Possui experiência em processos participativos, com ênfase na coordenação de equipes em projetos de pesquisa, educativos, artísticos, de desenvolvimento e tecnológicos, em âmbitos comunitários e institucionais, atuando junto à populações tradicionais e povos indígenas nas áreas de patrimônio cultural, museologia social, interculturalidade e memória social, com foco na potencialização e fortalecimento de processos de memória associados às mobilizações étnicas, ao associativismo local e à educação diferenciada, em diálogo com organizações não-governamentais, movimentos sociais e lideranças de base comunitária, com interesse em processos autogestionários. É autor do ebook “Aquilo é uma coisa de índio: objetos, memória e etnicidade no Museu dos Kanindé de Aratuba, Ceará” (Editora da UFPE), dissertação vencedora na categoria “Menção Honrosa em Ciências Sociais” (Área: Antropologia) no Concurso Nacional de Teses e Dissertações da ANPOCS/2013. Atualmente, é pesquisador do NEPE/UFPE e exerce a função de coordenador-técnico do Programa de Formação Continuada da 3º Geração de Monitores do Museu dos Kanindé.