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CONFERENCISTAS

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Irène Bellier
LAIOS | CNRS | EHESS | FRANÇA

Antropóloga, diretora de pesquisas do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS, França). Após um doutorado na EHESS, em 1986, sobre a construção do gênero entre os Maihuna (uma sociedade Tukano da Amazônia Peruana), ingressou no CNRS em 1993, onde trabalhou em antropologia política, no Laboratório de antropologia de instituições e organizações sociais (LAIOS) primeiro sobre as instituições francesas e europeias, depois sobre a construção do movimento global dos povos indígenas a partir das Nações Unidas e suas demandas de reconhecimento de direito. De 2010 a 2015, ela dirigiu o programa de pesquisa, financiado pelo Conselho Europeu de Pesquisa (ERC-249236) “Escalas de Governança – as Nações Unidas, os Estados e os Povos Indígenas; a autodeterminação em tempos da globalização”(www.sogip.ehess.fr). Autora de inúmeros artigos sobre o tema, que acompanha desde 2001, com base em pesquisas nas Nações Unidas e em vários países, coordenou vários livros: Peuples autochtones dans le monde. Les enjeux de la reconnaissance (2013), Terres, territoires et ressources. Politiques, pratiques et droits des peuples autochtones (2014) e co-organizado com Jennifer Hays, dois outros livros Quelle éducation pour les peuples autochtones ? (2016) e  Échelles de gouvernance et droits des peuples autochtones (2019). Em 2017, ela co-escreveu com Leslie Cloud e Laurent Lacroix, uma soma resultante do conjunto dos trabalhos da equipe SOGIP, Les droits des peuples autochtones. Des Nations unies aux sociétés locales. Ela agora está embarcando em uma nova reflexão que visa vincular seu trabalho sobre a antropologia das instituições à questão da justiça, sempre no que diz respeito às questões indígenas.

Carole Lévesque
RÉSEAU DIALOG | INRS | CANADÁ

Doutora em antropologia social e cultural (Sorbonne, Paris), Carole Lévesque dedicou toda sua carreira às questões indígenas. Trabalha há mais de 40 anos em estreita colaboração com comunidades, organizações e instituições das Primeiras Nações no Quebec e em outros lugares.

Ao longo dos anos experimentou e desenvolveu várias experiências de pesquisa participativa e colaborativa nas quais as populações – individualmente ou de forma comunitária – desempenham um papel ativo. Ela já esteve em mais de 45 das 56 comunidades ameríndias e inuítes no Quebec, onde realizou numerosas pesquisas de campo. Sua obra oferece uma releitura conceitual e aplicada das lógicas e dinâmicas que dão base ao argumento e a lógica das ações das políticas e programas dirigidos aos povos indígenas.

Em 2001 fundou, e desde então liderou, a DIALOG - Rede de Pesquisa e Conhecimento sobre os Povos Indígenas (Le réseau de recherche et de connaissances relatives aux peuples autochtones). Em 2009, também esteve na criação da Aliança de Pesquisa ODENA, cujo trabalho se concentra nas lógicas e dinâmicas urbanas dos povos indígenas;

Em setembro de 2011, Carole Lévesque recebeu o Prêmio Marcel-Vincent da ACFAS por sua contribuição para o desenvolvimento do campo de estudos sobre os povos indígenas. Na primavera de 2012, com seu colega Daniel Salée (Concordia University), ganhou o Prêmio Jean-Michel Lacroix, que reconhece a publicação de artigos excepcionais, publicado no International Journal of Canadian Studies (RIÉC): “Representing Aboriginal Self-Government and First Nations/State Relations : Political Agency and the Management of the Boreal Forest in Eeyou Istchee” » (Representing Autogoverno Aborígine e Relações Primeiras Nações / Estado: Agência Política e Gestão da Floresta Boreal em Eeyou Istchee). No verão de 2015 foi agraciada com o Prêmio de Excelência em Pesquisa e Criação da Universidade do Quebec. Em novembro de 2016, o governo de Quebec concedeu-lhe o Prêmio Marie-Andrée-Bertrand, que reconhece seu importante papel na reconciliação com as Nações Indígenas.

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